26 julho 2006

POLÊMICA: PIRATARIA I

Pelo menos metade dos consumidores das classes A (47%) e B (49%) admitem quecompram produtos piratas, segundo pesquisa da Federação das Indústrias doRio (Firjan).Em três anos, 2,5 milhões de produtos falsificados foram apreendidos no estado por policiais da Delegacia de Repressão a Crimes contra a PropriedadeImaterial (DRCPIM), uma média de 60 mil itens por mês. E as mercadoriasilegais que lotam os depósitos públicos também abarrotam armários e prateleiras de boa parte dos cariocas.É o caso da estudante de Agronomia Katiana Pereira Santos, 27 anos, quegasta R$ 600 por mês com pirataria. Sem reclamar, Katiana pagou R$ 240 pelacópia da bolsa Louis Vuitton, famosa grife francesa: "A verdadeira custava mais de R$ 1 mil".Katiana diz que tem condições de comprar originais, mas repudia o custo altodas mercadorias. "Busco o melhor preço. Já comprei óculos, relógio e atétênis Nike Shox por R$ 330. O legitimo custa o dobro", justifica. Para o delegado da DRCPIM, Marco Aurélio Ribeiro, a conscientização dasociedade é essencial para frear o crescimento da pirataria. "A indústria dafalsificação aumenta de acordo com a procura", diz. O que mais chama a atenção da polícia é a diferença na qualidade dos produtos. "É possívelencontrar um tênis pirata muito semelhante ao original e outro visivelmentefalsificado", completa o delegado.O preço é a principal vantagem na hora de optar por um pirata. Pesquisa da Firjan, de 2004, mostra que 31,9% dos 300 entrevistados usaram essajustificativa.Relógio, perfumes, brinquedos e acessórios são os principais produtoscomprados no camelô. A penetração da ilegalidade entre as classes mais altas foi classificada como surpreendente no relatório da pesquisa.
fonte: O Dia

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